01 agosto 2007

O cinema duplamente enlutado


Sessão de cinema no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, em Maio de 1953 (Foto: Cinemas do Porto)


Em menos de 24 horas, morreram dois dos mais brilhantes cineastas europeus de sempre: o sueco Ingmar Bergman e o italiano Michelangelo Antonioni.

Enquanto que a obra de Antonioni aborda, sobretudo, a vida moderna, a desumanização que a caracteriza e os problemas por ela provocados nas relações entre as pessoas, os filmes de Bergman têm um carácter quase místico, com a Morte a desempenhar um papel de particular importância.

Testemunhemos a originalidade e a criatividade destes dois grandes realizadores, assistindo às cenas que se seguem, de dois dos seus filmes mais importantes.

Cenas do filme Morangos Silvestres, de Ingmar Bergman:



Cenas do filme Blow-up, de Michelangelo Antonioni:

Comentários: 2

Blogger paulocosta escreveu...

Belas recordações!

02 agosto, 2007 22:35  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Belas recordações, sem dúvida. O que eu acho estranho é a quase inexistência de referências a uma das obras mais importantes da filmografia de Antonioni, nos registos necrológicos que vi sobre ele. Refiro-me ao "Deserto Vermelho", que é um retrato cru da vida num subúrbio industrial de uma grande cidade. Nem sequer encontrei no Youtube um trecho deste filme. Que estranho...

É verdade que sou um grande admirador de Antonioni, mas entre ele e Bergman, prefiro o Bergman. Trata-se apenas de uma questão de gosto pessoal, pois eles são tão diferentes um do outro que é quase impossível encontrar um termo de comparação entre eles.

O filme de Ingmar Bergman de que mais gostei foi "O Sétimo Selo", que conta uma história passada no tempo das cruzadas. Deste, sim, pode-se encontrar um trecho no Youtube, pelo menos.

03 agosto, 2007 10:21  

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