15 junho 2015

A nossa galáxia


Aspeto que a nossa galáxia, a Via Láctea, deve apresentar a um eventual extraterrestre que a observe de uma distância de muitos milhões de anos-luz (Imagem: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (SSC/Caltech))


Nós vivemos num planeta chamado Terra, que orbita em volta de uma estrela chamada Sol, a qual, por sua vez, orbita em volta do centro de uma galáxia chamada Via Láctea.

Vista da Terra, a Via Láctea tem o aspeto de uma faixa de estrelas que se estende no nosso céu noturno, de oriente a ocidente. Na verdade, a forma que a Via Láctea tem é a de uma espiral achatada mas, como nós estamos inseridos nela mesma, não vemos a espiral. Vemos o seu perfil. É o mesmo que olhar para um prato redondo de lado, e não de frente. A forma que o prato apresenta à nossa vista não é circular, mas sim estreita e comprida, porque vemos o prato de perfil.

Recentemente, um grupo de cientistas, liderado pelo brasileiro Denilso Camargo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conseguiu uma forma nova e mais rigorosa de localizar no espaço os dados obtidos por um telescópio espacial da NASA chamado WISE, do inglês Wide-Field Infrared Survey Explorer, que capta radiações infravermelhas (e não luz visível, como faz o célebre telescópio espacial Hubble). A partir destes dados, eles conseguiram formar uma imagem muito mais rigorosa do aspeto real que a Via Láctea deve ter: uma espiral barrada, com quatro braços principais que orbitam em torno de uma compacta barra central de estrelas, a qual também roda no espaço.


Representação anotada da Via Láctea, com a localização no nosso Sol (em inglês Sun) e as denominações, também em inglês, dos seus braços em espiral e da sua barra central de estrelas (Imagem: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (SSC/Caltech))

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