30 junho 2015

O canto difónico



Vídeo produzido pela República da Mongólia, para promoção do canto difónico junto da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), no âmbito de uma candidatura desta forma de canto a Património Imaterial da Humanidade. A candidatura foi aprovada e o canto difónico mongol tornou-se Património da Humanidade em 2010


O canto difónico, chamdo khöömei em mongol, é uma forma de canto nascida nas montanhas de Altai, no oeste da Mongólia, e praticada em várias partes da Ásia Central, nomeadamente na Mongólia, em Tuva (uma república autónoma da Federação Russa, situada no sul da Sibéria, junto à fronteira com a Mongólia), no Tibete, no Uzbequistão e no Cazaquistão.

O canto difónico consiste na emissão simultânea de um som constante numa dada frequência (um bordão), através da vibração das cordas vocais que são mantidas muito tensas, e de uma melodia que é composta por frequências que são harmónicas da frequência do bordão e que tanto podem ser múltiplas como submúltiplas, produzidas por meio da variação da abertura e da forma da cavidade bucal e/ou da faringe. O nome khöömei significa faringe em mongol.

O khöömei procura imitar os sons da natureza, nomeadamente dos pássaros, do vento e da água corrente, e é praticado sobretudo pelos pastores nómadas que percorrem as montanhas, as estepes e a taiga da Ásia Central. Este tipo de canto desempenha um papel muito importante nos rituais xamânicos tradicionais dos referidos nómadas. O khöömei era tradicionalmente praticado pelos homens apenas, mas atualmente algumas mulheres também já o praticam.



O canto difónico tal como é praticado em Tuva, que é uma república autónoma da Federação Russa, situada a norte da Mongólia

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